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"Servant" é uma série de suspense para ser saboreada aos poucos. São episódios de meia hora cada, formando pequenas e sinistras doses capazes de intrigar o espectador. O nome famoso por trás do projeto é M. Night Shyamalan ("O sexto sentido", "A vila"), que assina a produção executiva e dirige o primeiro e o nono capítulo. Aliás, os dois melhores nos quesitos direção e desenvolvimento de narrativa.
A trama envolve um casal suburbano da Filadélfia, Dorothy (Lauren Ambrose) e Sean (Toby Kebbell). Ela é uma repórter televisiva e ele um chef de cozinha. A relação é abalada quando morre o filho recém-nascido do casal. Dorothy não se recupera da terrível perda e, sob aconselhamento de uma terapeuta, Sean arranja um boneco realista para tentar reduzir os danos da tragédia. O "novo bebê" torna-se tão verdadeiro para a jovem mãe, que ela decide contratar uma babá para cuidar do brinquedo. A fim de evitar spoilers, digo apenas que nada é o que parece.
Uma das decisões curiosas da série é transcorrer (quase) inteiramente dentro da residência do casal. As cenas que ocorrem fora daquele ambiente costumam ser visualizadas através de telas, seja da televisão, do computador ou do celular. Outro elemento da composição visual são os pratos culinários elaborados por Sean, que revelam a violência por trás da bela apresentação final. A gastronomia nunca foi tão assustadora.
Com inspiração em "O bebê de Rosemary", o projeto da Apple TV+ realiza a proeza de utilizar um fiapo de história e torná-la atrativa ao longo de 10 episódios. Poderia ser um filme, mas o formato seriado prolonga o prazer em acompanhar essa história de mistério. "Servant" oferece ainda boas atuações, com destaque para a novata Nell Tiger Free. A segunda temporada, inclusive, está garantida.
MUITO BOM
quarta-feira, 29 de julho de 2020
Muito barulho para: "Servant"
"Servant" é uma série de suspense para ser saboreada aos poucos. São episódios de meia hora cada, formando pequenas e sinistras doses capazes de intrigar o espectador. O nome famoso por trás do projeto é M. Night Shyamalan ("O sexto sentido", "A vila"), que assina a produção executiva e dirige o primeiro e o nono capítulo. Aliás, os dois melhores nos quesitos direção e desenvolvimento de narrativa.
A trama envolve um casal suburbano da Filadélfia, Dorothy (Lauren Ambrose) e Sean (Toby Kebbell). Ela é uma repórter televisiva e ele um chef de cozinha. A relação é abalada quando morre o filho recém-nascido do casal. Dorothy não se recupera da terrível perda e, sob aconselhamento de uma terapeuta, Sean arranja um boneco realista para tentar reduzir os danos da tragédia. O "novo bebê" torna-se tão verdadeiro para a jovem mãe, que ela decide contratar uma babá para cuidar do brinquedo. A fim de evitar spoilers, digo apenas que nada é o que parece.
Uma das decisões curiosas da série é transcorrer (quase) inteiramente dentro da residência do casal. As cenas que ocorrem fora daquele ambiente costumam ser visualizadas através de telas, seja da televisão, do computador ou do celular. Outro elemento da composição visual são os pratos culinários elaborados por Sean, que revelam a violência por trás da bela apresentação final. A gastronomia nunca foi tão assustadora.
Com inspiração em "O bebê de Rosemary", o projeto da Apple TV+ realiza a proeza de utilizar um fiapo de história e torná-la atrativa ao longo de 10 episódios. Poderia ser um filme, mas o formato seriado prolonga o prazer em acompanhar essa história de mistério. "Servant" oferece ainda boas atuações, com destaque para a novata Nell Tiger Free. A segunda temporada, inclusive, está garantida.
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- MaxCirne
- Viciado em cultura pop, cresceu assistindo filmes e imaginando estar em uma produção de Woody Allen. É admirador de pop arte, de um bom drink e dos livros de Nick Hornby. Não consegue montar um cubo mágico sem ficar frustrado e com vontade de jogá-lo longe. Tem o sonho de morar em Paris no apartamento dos “Sonhadores” e entregar-se ao prazer hedonista. Gosta de dirigir curtas-metragens e brincar com a câmera. Não aprende que deve parar de assistir tantos seriados ao mesmo tempo. Ama o cinema de Tarantino, Wes Anderson e Tim Burton. Precisa viver com trilha sonora, por isso, não dispensa as músicas de The Killers, She & Him e Mika. É jornalista, crítico, cinéfilo e twitta no @maxcirne.
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