sexta-feira, 17 de julho de 2020

Muito barulho para: "Feud"


A relação conflituosa entre duas divas da época de ouro de Hollywood é o cerne da série "Feud", criação de Ryan Murphy exibida pelo FX em 2017. A atração televisiva não obteve o reconhecimento que merecia. Talvez as histórias envolvendo Bette Davis e Joan Crawford não sejam tão atrativas para novas gerações. De qualquer forma, quem deixou de assistir "Feud" perdeu uma das melhores séries dos últimos anos. 

Não é necessário ser fã das atrizes para saborear a trama inspirada em (inacreditáveis) fatos reais. O recomendado é que se assista, previamente, o longa-metragem "O que terá acontecido a Baby Jane?" (1962), produção que colocou as duas inimigas lado a lado na telona. A série acompanha. em seus primeiros episódios, os bastidores das gravações do filme.

A primeira vista, explorar a rivalidade feminina pode soar de mau gosto. As mulheres são mais fortes juntas e devem se unir contra qualquer opressão, não é mesmo? A trama sabe disso e apresenta os motivos que separaram duas figuras que poderiam ter sido grandes amigas. É uma história antiga que segue bastante atual. 

Entre doses cômicas e melancólicas, "Feud" aborda o papel da mulher no cinema, suas chances de sucesso, os usos e abusos gerados pela indústria e pela mídia. Também avança por temas como a dificuldade em envelhecer e o que deixar enquanto legado. Todas essas facetas são potencializadas por protagonistas à altura de suas homenageadas: Susan Sarandon (fenomenal) e Jessica Lange. 

MUITO BOM

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