sexta-feira, 16 de julho de 2010

As Melhores dos Últimos Meses

Com a produção fonográfica cada vez mais difundida através dos meios de comunicação, o consumidor de música passou a ter fácil acesso a uma série de projetos, principalmente, através da internet. Entre os downloads dos últimos meses, o CultPopMax destacou sete canções irresistíveis que até chegaram a fazer um alarde, mas talvez não tenham vindo a ser escutadas por você. Ainda assim, cuidado, todas apresentam potencial para ficar na sua cabeça por horas, e por conseqüência, render ótimos momentos tanto na balada, numa tarde com os amigos ou em um encontro romântico. Descubra-as e bom proveito.


-->She & Him – "Ridin´ My Car" Não há dúvidas de que Zooey Deschanel (“500 Dias com Ela”) manda bem no cinema e na música. A banda She & Him, composta por ela em parceria com o produtor M. Ward, é uma das melhores revelações da atualidade e confirmou este posto com o amadurecimento apresentado em seu segundo álbum. A canção escolhida entre as 13 faixas é “Ridin´ My Car”, uma clara homenagem aos Beatles, que surge com um suingue característico do “fab four” misturado com o estilo nostálgico/folk/indie do She & Him. O dueto entre Deschanel e Ward empolga e nos leva ao passado com muito bom gosto.

Keane – "Stop For a Minute"

Apesar de “Night Train” não ter sido o disco completamente diferente que o vocalista Tom Chaplin anunciou, pelo menos rendeu uma excelente canção, “Stop For a Minute”, balada dançante com direito a uma parceria inusitada (e bem-vinda) com o rapper K´Naan. Os ingleses do Keane já haviam atingido o ápice no magnífico disco “Perfect Symmetry" - não há toa esse título - lançado em 2008. Agora, eles embarcaram em uma atmosfera mais pop, porém sem deixar de fora as baladas melancólicas.

Mika – "Kick Ass"
Criada especialmente para o filme “Kick Ass – Quebrando Tudo”, a música aborda com propriedade a história do projeto (grupo de adolescentes perdedores que decide ser tornar super-heróis) e deixa explícito em seus versos que somos todos jovens e com sangue em nas nossas mãos: a mudança vem quando quereremos mudar o mundo. O hino dos losers é eletrizante bem como o trabalho do fantástico intérprete, que dá ainda maior veracidade para a temática no videoclipe da produção.

Scissor Sisters – "Invisible Light" & "Fire With Fire"
Recentemente lançado, “Night Work” é o prometido álbum do Scissor Sisters após um hiato de quatro anos. A caprichada produção emplaca de imediato duas músicas para entrar na história do grupo: “Fire With Fire” e “Invisible Light”. A primeira é um verdadeiro hit com refrão delicioso e ritmo para deixar de lado qualquer pensamento ruim. Enquanto isso, “Invisible Light” destoa como a faixa mais diferente do cd, porém sua estrutura com batidas eletrônicas e refrão grudento produz efeito mesmo sem a profusão das luzes de boate. O resultando em ambas é bombante por natureza.

Pete Yorn & Scarlett Johansson - "I Don´t Know What To Do"

Com forte inspiração no trabalho produzido por Serge Gainsburg e Briggite Bardot na década de 60, o cantor americano Pete Yorn se uniu a atriz Scarlett Johansson para formar uma parceria semelhante, que rendeu um disco leve, despretensioso e com jeito de LP antigo. Entre as canções, o hit “Relator” destacou-se pelo estilo Beatles, mas quem recebe o título da melhor é “I Don´t Know What To Do”, principalmente, pela composição pop embalada por um dueto em perfeita sintonia. Apesar do conjunto das faixas contar uma história de separação conjugal, o disco resgata um período mais ingênuo e tranquilo, que faz muito bem para os ouvidos.

Vampire Weekend – "Give Up the Gun"

Entre as músicas tão distintas do segundo disco da banda, “Give Up the Gun” se destacou após o lançamento do videoclipe recheado de personalidades, como Jake Gyllenhaal, Jonas Brothers e Lil' Jon. O pop colegial da canção diverte com o instrumental repetitivo e a voz melosa do vocalista Ezra Koenig. O restante do álbum também merece uma audição, com destaque para “Horchata”, que lembra um hino africano, e “Cousins”, que se tornou mais conhecida pelo vídeo da campanha “Life in a Day” do Google.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Diálogo do filme "Nine"


Você quer meu amor?
Pegue-o todo.

- Obrigado.
- Por que?
- Obrigado por lembrar que eu não sou especial. Você nem sequer vê o que você faz, não é? Mesmo os momentos que eu penso serem nossos, é apenas você trabalhando para conseguir o que você quer.

Oh nós sabemos
Este é o seu show.
Então pegue tudo.

- O que você falando? O teste de tela? Você tem que entender. Isso não é nada. É o que eu faço. Eu dirijo. É o meu trabalho.
- E esta é a nossa vida. Você acha que criar é perdoar a si próprio em público. Ótimo. Mas acho que não posso perdoá-lo particularmente, por que não posso. Sempre.

Então vá em frente.
Pegue tudo.
Você quer minha alma?
Pegue tudo.
É hora de sair,
Se eu estou a viver.
Porque eu não tenho mais,
Não há mais nada para dar.
Eu vejo você subir,
Eu vejo você cair.
Enquanto estou em pé
Com as minhas costas contra a parede.
Agora é sua vez de finalmente aprender.
Você teve o mundo.
Você teve o impulso.
Você queria mais do que tudo.
Você recebeu seu desejo.
Você recebeu seu prêmio.
Agora recebe isto bem entre suas coxas.
Você agarrou tudo, meu amigo
Mas você não vê que no final
Não haverá nada.

- Você é apenas um aperitivo. E se você deixasse de ser ganancioso você morreria. Você leva tudo. E eu estou vazia... Você sabe, estou feliz por ter vindo. Agora posso ver, não há esperança.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Diálogo do filme "Tudo Pode Dar Certo"


- Estou morrendo.
- Como assim?
- Estou morrendo.
- Devo chamar uma ambulância?
- Não. Agora não. Não essa noite! Mas me refiro a um dia.
- Boris, todos morrem.
- Isso é inaceitável.
- Seus ataques de pânico estão cada vez mais freqüentes e intensos. Precisa voltar a tomar seus remédios.
- Eu não vou voltar a tomar essa droga de remédio. Não quero ficar com minha cabeça entupida de produtos químicos quando sou o único que vê o cenário completo exatamente como é. Cadê a droga da vodka?
- Boris, eu tenho clientes amanhã pela manhã. São quatro da manhã.
- Clientes. Certo. Banqueiros ricos para projetar apartamentos chiques e enchê-los de arte e bens caros para que possam ostentar o dinheiro deles e estarem no topo dos 1% dessa vergonhosa, violenta, preconceituosa, analfabeta, sexualmente reprimida e injusta nação.
- Deus, são quatro da manhã. Pode me poupar dessa fala de colegial?
- Sou um cara com uma enorme visão do mundo. Estou cercado por micróbios!
- E eu? Sou um micróbio? Seu filho que estuda em Yale é um também?
- Vamos encarar os fatos, certo, Jéssica? Nosso casamento não tem sido um jardim de rosas. Botanicamente falando, seu perfil é o de uma planta carnívora.
- Você é um homem difícil de conviver.
- Foi por isso que teve um caso?
- Não tive um caso. Foi um breve interlúdio de infidelidade e aconteceu há anos. Ainda não consegue esquecer isso!
- Vejo tudo tão claro agora. Tudo! Casei com você pelas razões erradas.
- O que quer dizer com isso?
- Você é brilhante. Eu queria alguém para conversar. Você ama música clássica. Você ama arte. Você ama literatura. Você amava sexo. Você me amava!
- Essas me parecem ser boas razões!
- Sim! Exatamente! Esse é o problema! É esse o problema! Foi racional, isso faz sentido.
- Não sei o que deu errado. Quando se examina de perto, há muito em comum entre nós.
- Na teoria, somos perfeitos. Mas a vida não é só teoria.

(texto de Woody Allen)

sexta-feira, 23 de abril de 2010

O Maldito Cubo Mágico


Ganhei um cubo mágico esses dias. Sempre quis um. Talvez porque ele represente um constante desafio, ou porque é um objeto legal para se ter no quarto, ou então porque é um passatempo que fica à disposição ali na prateleira.

Ele pode ser utilizado em vários momentos. Tenho que esperar o download terminar? Pego o cubo mágico. Preciso de uma ideia para o último parágrafo de um texto? Pego o cubo mágico. Bateu aquele tédio? Pego o cubo mágico.

O cubo se tornou um companheiro. Mas, esse colega não tem demonstrado ser tão bacana assim. Vivemos em uma relação de amor e ódio. Ódio porque não consigo colocar uma só cor em cada uma das seis faces, ou seja, não consigo completar o quebra-cabeças. Já tentei por horas. Já pedi ajuda. Já assisti vídeos no YouTube e tentei fazer o mesmo. Não adiantou.

A partir daí, o cubo tem me atormentando. Passo por ele no quarto e digo para mim mesmo: “ainda vou conseguir colocar todas as peças no lugar”. Que raiva! O cubo é um dos brinquedos mais populares do mundo. Então, me pergunto: será que as pessoas realmente conseguem completar o enigma? Ficam neuróticas que nem eu? Desistem logo em seguida? O que elas fazem? Enquanto isso, eu sigo tentando. Quero terminar essa droga.

Mas, também, se caso um dia eu consiga completar, o cubo vai perder toda graça. Então, será que não é melhor deixar assim? Ao menos ele continuará “mágico” para mim.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Vampire Weekend - I Think Ur a Contra

I had a feeling once
That you and I
Could tell each other everything
For two months
But even without hope
With truth on our side
When you turn away from me
It's not right
 I think you're a Contra
I think you're a Contra
And dear Contra
I think you're a Contra
 My revolution thoughts
Live in lies of desire
I wanna trace them to the source
And the wire
But it's not useful now
Since we both made up our minds
You gotta watch out for yourself
So will I I think you're Contra
I think that you lie
Don't call me Contra
Till you've tried
 You wanted good schools
And friends with pools
You're not a Contra
You wanted Rock' n' Roll,
Complete control
Well, I don't know
 Never pick sides
Never choose between two
But I just wanted you
Never pick sides
Never choose between two
But I just wanted you
 I think you're Contra
I think that you lie
Don't call me Contra
Till you've tried

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Scissor Sisters: uma revelação


Descobri Scissor Sisters na semana passada. Até então só tinha escutado o hit “I Don´t Feel Like Dancin´”, uma mistura de “disco” com “glam rock” tão bem feita que nem parece atual – algo como o encontro de Bee Gees com o Village People. É interessante lembrar que a composição foi uma parceria com o mestre Elton John.

Depois do alvoroço em 2006, não escutei mais nada do grupo. Isso até semana passada, quando ouvi o single do próximo disco, “Night Work”, tido como uma das grandes promessas de 2010. A faixa em questão, “Invisible Light”, capturou meus sentidos com a pegada eletrônica de voz robótica e sua forte inspiração em Pet Shop Boys. Alguns minutos depois estava eu cantando o refrão sem perceber.

Desde que surgiu a banda, tive vontade de pesquisar a sua discografia. De vez em quando faço isso com alguns artistas: realizo o download de todos os discos numa verdadeira obsessão por suprir os anos que mantive total desconhecimento da produção musical que estavam desenvolvendo. Assim, baixei os dois álbuns prévios do Scissor Sisters e percebi que estive alienado de um som contagiante que até hoje parece urgente nas pistas de dança.

Na primeira audição já identifiquei ótimas canções: “Take Your Mama”, “Filthy-Gorgeous” , “The Skins”, “It Can´t Come Quickly Enough”, “Return to Oz”, “She´s My Man”, “Land of Thousand Words” e a minha favorita “Mary”. O curioso é que faixas vibrantes misturam-se com baladas emocionantes – o que comprova uma certa versatilidade.

“Night Work”, o anunciado retorno da banda após quatro anos, chega nas lojas no dia 28 de junho. Agora eu também faço parte do grupo de fãs que espera ansioso por este lançamento. I´ll Be Dancing Soon...

domingo, 18 de abril de 2010

Esperando...



"Quando você é uma criança
O mundo é uma grande doceria
Cheia de balas e outras coisas.
Mas um dia, você olha
E vê uma prisão
Onde está condenado à morte.
Quer fugir, gritar ou chorar
Mas algo o prende lá dentro.
Será que os outros são vacas
Ruminando à espera do açougue?
Ou apenas estão quietos, como você,
Planejando sua fuga?

Depois de muita escuridão,
um raio de luz pode fazê-lo feliz.
Ideias estranhas vem a cabeça
E é melhor pensar nelas.
Será que um destino especial nos chama
E não ouvimos?
Existe uma mensagem secreta à
nossa frente que não lemos?
Será essa sua última e
Melhor chance?
Você vai aproveitá-la?
Ou vai morrer com suas veias
cheias de vida?"

(Trecho do filme Por Um Sentido Na Vida - "The Good Girl")