domingo, 26 de julho de 2020

"As sete mortes de Evelyn Hardcastle", de Stuart Turton


Noite de festa em uma mansão no campo. A família Hardcastle organiza um baile de máscaras para homenagear o retorno da filha mais nova. Quando o relógio marca meia-noite, a protagonista do evento é assassinada. Agora, dia após dia, um homem acorda no corpo de um dos convidado da festa, revivendo os mesmos acontecimentos para tentar descobrir o culpado do crime. Com esta brilhante sinopse, "As sete mortes de Evelyn Hardcastle" tinha tudo para ser um romance surpreendente que reúne os mistérios de Agatha Christie com viagem no tempo.

Comecei a leitura empolgado e logo devorei as 150 primeiras páginas. Porém, após o terceiro hospedeiro, a história torna-se repetitiva. As linhas narrativas se confundem até cansar a paciência do leitor. No comando, Stuart Turton tenta manter o envolvimento e o clima de suspense, mas sua proposta interessante perde a força ao se alongar por quase 500 páginas.

O diferencial de "As sete mortes de Evelyn Hardcastle" é, sem dúvidas, a dose de ficção científica com toques de "Black Mirror". Aliás, a inspiração foi tanta que o escritor praticamente copiou parte importante de um episódio da primeira temporada do seriado. Mesmo que faça sentido para a trama, essa escolha revela-se decepcionante enquanto conclusão de sua odisseia em espiral pelos curiosos habitantes da mansão. 


BOM
10/2020

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