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Todo ano eu espero ter lido mais do que o saldo final.
2019 apresentou uma melhora, com 12 títulos devorados, inclusive "Nix" e "A catedral do mar", obras extensas, com cerca de 700 páginas cada. O ano ainda reservou meu encontro com a norte-americana Celeste Ng, cujas duas obras lançadas até o momento fizeram com que a colocasse entre minhas escritoras favoritas.
Nesse bom ritmo, 2020 começou com a minha assinatura da TAG Inéditos. E os primeiros títulos já são um reflexo desse investimento. Três meses e cinco livros concluídos, além da pequena joia que abriu o ano, "As mais belas coisas do mundo", do português Valter Hugo Mãe.
O destaque vai para "Os sete maridos de Evelyn Hugo", que me foi enviado pelo clube por engano e revelou-se uma das melhores experiências literárias recentes. A história acompanha uma atriz que ascende ao estrelato durante a época de ouro de Hollywood, porém precisa esconder um grande amor ao longo dos anos. A escritora Taylor Jenkins Reed é mestre em envolver o leitor, tanto que procurei outros de seus títulos, entre eles "Daisy Jones & The Six".
Também merece destaque "Nascido do crime", uma autobiografia do comediante Trevor Noah. Seus relatos durante a infância no período do apartheid são inacreditáveis. Leitura obrigatória para entender um dos piores regimes de segregação da humanidade. E, claro, há uma mistura de drama e humor.
Já "Uma escada para o céu" me fez redescobrir o irlandês John Boyne, o qual havia lido apenas o bestseller "O menino do pijama listrado". Sua escrita é madura e engenhosa. A trama aqui é praticamente uma releitura de "O talentoso Ripley". Infelizmente, descamba para alguns clichês do gênero em seu último ato, mas todo caminho até lá é delicioso.
"Escola de contos eróticos para viúvas" é praticamente um "feel good book". Uma jovem oferece aulas de alfabetização em inglês para senhoras indianas, porém acaba as instruindo para colocar no papel suas fantasias sexuais. A temática de repressão feminina, porém, acaba ofuscada por subtramas que não mereciam tanto destaque. O livro não coloca o dedo na ferida, mas é agradável.
Para encerrar essa primeira leva de leituras, "Um casamento americano" aborda a relação entre o casal afrodescendente Celesial e Roy, que é separado após ele ser preso injustamente. Preconceito e recomeço deveriam ser as tônicas do projeto, mas a autora opta por conferir maior dramaticidade ao formar um (despropositado) triângulo amoroso com o amigo de infância de Celestial. Perde a força do meio para o fim e deixa um gosto de decepção.
A seguir, cada obra lida em 2020 ganhará uma publicação específica e com mais detalhes.
 
quarta-feira, 8 de julho de 2020
Primeiras leituras de 2020
Todo ano eu espero ter lido mais do que o saldo final.
2019 apresentou uma melhora, com 12 títulos devorados, inclusive "Nix" e "A catedral do mar", obras extensas, com cerca de 700 páginas cada. O ano ainda reservou meu encontro com a norte-americana Celeste Ng, cujas duas obras lançadas até o momento fizeram com que a colocasse entre minhas escritoras favoritas.
Nesse bom ritmo, 2020 começou com a minha assinatura da TAG Inéditos. E os primeiros títulos já são um reflexo desse investimento. Três meses e cinco livros concluídos, além da pequena joia que abriu o ano, "As mais belas coisas do mundo", do português Valter Hugo Mãe.
O destaque vai para "Os sete maridos de Evelyn Hugo", que me foi enviado pelo clube por engano e revelou-se uma das melhores experiências literárias recentes. A história acompanha uma atriz que ascende ao estrelato durante a época de ouro de Hollywood, porém precisa esconder um grande amor ao longo dos anos. A escritora Taylor Jenkins Reed é mestre em envolver o leitor, tanto que procurei outros de seus títulos, entre eles "Daisy Jones & The Six".
Também merece destaque "Nascido do crime", uma autobiografia do comediante Trevor Noah. Seus relatos durante a infância no período do apartheid são inacreditáveis. Leitura obrigatória para entender um dos piores regimes de segregação da humanidade. E, claro, há uma mistura de drama e humor.
Já "Uma escada para o céu" me fez redescobrir o irlandês John Boyne, o qual havia lido apenas o bestseller "O menino do pijama listrado". Sua escrita é madura e engenhosa. A trama aqui é praticamente uma releitura de "O talentoso Ripley". Infelizmente, descamba para alguns clichês do gênero em seu último ato, mas todo caminho até lá é delicioso.
"Escola de contos eróticos para viúvas" é praticamente um "feel good book". Uma jovem oferece aulas de alfabetização em inglês para senhoras indianas, porém acaba as instruindo para colocar no papel suas fantasias sexuais. A temática de repressão feminina, porém, acaba ofuscada por subtramas que não mereciam tanto destaque. O livro não coloca o dedo na ferida, mas é agradável.
Para encerrar essa primeira leva de leituras, "Um casamento americano" aborda a relação entre o casal afrodescendente Celesial e Roy, que é separado após ele ser preso injustamente. Preconceito e recomeço deveriam ser as tônicas do projeto, mas a autora opta por conferir maior dramaticidade ao formar um (despropositado) triângulo amoroso com o amigo de infância de Celestial. Perde a força do meio para o fim e deixa um gosto de decepção.
A seguir, cada obra lida em 2020 ganhará uma publicação específica e com mais detalhes.
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 - Viciado em cultura pop, cresceu assistindo filmes e imaginando estar em uma produção de Woody Allen. É admirador de pop arte, de um bom drink e dos livros de Nick Hornby. Não consegue montar um cubo mágico sem ficar frustrado e com vontade de jogá-lo longe. Tem o sonho de morar em Paris no apartamento dos “Sonhadores” e entregar-se ao prazer hedonista. Gosta de dirigir curtas-metragens e brincar com a câmera. Não aprende que deve parar de assistir tantos seriados ao mesmo tempo. Ama o cinema de Tarantino, Wes Anderson e Tim Burton. Precisa viver com trilha sonora, por isso, não dispensa as músicas de The Killers, She & Him e Mika. É jornalista, crítico, cinéfilo e twitta no @maxcirne.
 
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